quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Sangramento durante:  a relação sexual Algumas mulheres já tiveram a experiência ruim de sangrar durante a relação sexual. Este é um sinal de que alguma coisa está errada. Este sangramento pode ser causado por uma inflamação comum, doença sexualmente transmissível ou mesmo por desenvolvimento de uma lesão proliferativa, como pólipos ou câncer.


Vejamos agora alguns dos principais motivos para sangramento:
  • Doença sexualmente transmissível (DST): Algumas bactérias que causam inflamação podem ser transmitidas sexualmente, como a Clamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Essas bactérias causam inflamação importante no colo do útero levando a dor pélvica, dor na relação sexual, secreção purulenta pelo colo, dor ao urinar e sangramento irregular. Pode evoluir para doença inflamatória pélvica. Também pode haver infecção por Trichomonas, outro microorganismo que causa inflamação, levando a dor, sintomas urinários, corrimento esverdeado e podendo causar sangramento ao toque do colo durante a relação.
  • Atrofia vaginal: A partir da menopausa, por conta da deficiência de estrogênio (responsável pela lubrificação vaginal) a mulher passa a apresentar ressecamento e atrofia genital. Por conta disso, pode ocorrer sangramento durante a relação sexual. Porém, o uso de lubrificantes vaginais ou de estrogênio local pode ajudar nesta situação.
  • Lesões neoplásicas: Uma série de lesões proliferativas pode causar sangramento. Neste caso pode se tratar de neoplasias como câncer do colo do útero ou câncer de vagina, por exemplo.
  • Endometriose: Como já sabemos nesta alteração a mulher apresenta tecido endometrial fora do útero, levando a um quadro de dor intensa. Quando os implantes endometriais aparecem no colo do útero ou no canal vaginal, pode ser motivo de sangramento durante a relação.
  • Pólipos: Estas lesões são consideradas pré- neoplásicas e resultam da projeção da mucosa do tecido endometrial, podendo aparecer no colo do útero ou no canal do colo, sendo motivo de sangramento durante ou depois da relação sexual.

Estes são os principais motivos de sangramento durante o ato sexual. Diante deste sintoma, procure um ginecologista para investigar o seu caso e evitar maiores complicações. Não esqueça, consultas regulares são sempre a melhor forma de prevenção de doenças, mas em qualquer sinal de anormalidade, procure seu médico! assim evitara problemas futuro                                                            

terça-feira, 21 de agosto de 2012


                    Como melhorar circulação sanguínea . 

O mais importante é prevenir. O objectivo das recomendações seguintes é também conseguir uma melhoria da circulação sanguínea em geral. Para isso, são particularmente indicadas a hidroterapia e as terapias  exercício físico.                     

Para reforçar os vasos sanguíneos, em ge­ral surtem efeito os banhos de sauna regula­res, os banhos de água a diferentes tempera­turas, as humectações do corpo inteiro com água morna, os pedilúvios com temperatura ascendente e os banhos de meio corpo, caminhar dentro de água, os banhos com esfregas e a aplicação de afusões nos joelhos, bem como caminhar sobre a relva molhada.
Em especial, antes de se deitar, é possível activar a circulação sanguínea das pernas com banhos de pés ou de meio corpo, com um saco de água quente ou fazendo ginástica.
Acrescentar ao banho de pés ou de corpo inteiro essências de eucalipto, pinheiro, ale­crim ou castanheiro-da-índia estimula a irri­gação sanguínea.
O pedilúvio  com mostarda moí­da produz habitualmente o mesmo resul­tado: acrescentar duas ou três colheres de sopa de mostarda moída a três a cinco litros de água bem quente; a duração do banho é, no máximo, de 10 a 15 minutos. Nota: não aplicar em caso de feridas abertas.
Para estimular a circulação sanguínea dos pés, foram fabricados uns rolos que massa­jam e movem os pés ao mesmo tempo (pode obter-se na farmácia ou em qualquer loja de produtos sanitários).
Se tiver os pés frios e problemas de circu­lação sanguínea nas pernas, faça ginástica de pés de forma regular durante dez minutos de manhã e à tarde: na posição sentada, flectir os dedos dos pés e esticá-los de forma alternada, depois rodar os pés três vezes para dentro e três vezes para fora, e, para terminar, encolher os pés e voltar a esticá-los; repetir a série três vezes.
Respirar profundamente reforça a ginás­tica podai. Faça pequenas pausas entre os diferentes exercícios com os pés e sentirá que, com a respiração, o calor flui até às pontas dos dedos dos pés.
Procure usar calçado bem adaptado e có­modo e trate dos pés. Deste modo, evitará feridas difíceis de curar quando existem pro­blemas de circulação sanguínea.

Preparados e remédios  como melhorar circulação sanguínea

Os problemas de circulação sanguínea po­dem ser melhorados com inúmeros prepara­dos. Mas seja crítico quando lhe oferecerem novos remédios milagrosos pois, muitas ve­zes, beneficiam mais o fabricante do que a sua saúde portanto fique atento ,ao que toma de medicação e nunca esquecendo de procurar um bom profissional  de sua confiança .

   

terça-feira, 27 de março de 2012


 
Por que a grávida fica com as pernas inchadas?
Conforme o útero da gestante cresce dentro da barriga, ele acaba apertando a veia que leva todo o sangue das pernas para de volta ao coração, assim dificultando esse retorno venoso (do sangue). Portanto, quanto maior o útero, pior esse inchaço. Ele normalmente ocorre a partir do segundo trimestre de gravidez, e se intensifica no terceiro.
O que fazer para diminuir esse inchaço?
  • Coloque as pernas para cima sempre que for possível. Quando chegar em casa, deite de lado com as pernas sobre um travesseiro;
  • Use meias elásticas, como as meias Kendall, de média compressão. Pode ser tanto as 3/4s, para quem tem pouco inchaço, como as 7/8s;
  • Evite de deitar com a barriga para cima, isso piora aquele aperto que o útero causa na veia da barriga. Deite sempre virada para o lado, de preferência o esquerdo;
  • Faça massagem, ou melhor, peça para alguém especial fazer massagem nas suas pernas, sempre na direção dos pés para a coxa, pois estimula o retorno venoso (o sangue sair das pernas e voltar para o coração);
  • Faça exercícios físicos. Ao contrair a batata da perna, você melhora o retorno venoso;

Uma amiga minha uma vez me disse: se o trabalho de parto fosse uma coisa fácil, não se chamaria “trabalho” de parto, apenas parto! É um momento no qual não se tem uma previsão ao certo de quando vai acabar, afinal, seu tempo de duração varia muito entre uma mulher e outra. Se a grávida não souber o que esperar durante ele e como fazer para ajudá-lo a ser o melhor possível, pode acabar se descontrolando e se rendendo a uma ansiedade extrema. Isso é muito ruim para ela, pois além de ser uma sensação de perda do autocontrole, essa liberação de adrenalina atrapalha as contrações do útero, e pode prolongar o tempo de trabalho de parto. Já com as mais calmas e colaborativas, ele progride, evolui melhor. Portanto, meu objetivo nesse post é ensinar alguns exercícios para vocês irem treinando para a hora H.
A primeira coisa é a respiração: durante as contrações, o mais importante é se concentrar na respiração. É ela que leva oxigênio para o neném, e quanto mais oxigênio o útero recebe, mais rápido as contrações melhorarão. Nesses momentos, a grávida deve respirar lentamente pelo nariz e soltar pela boca, enchendo fundo o peito de ar, e soltando lentamente. Se der tontura, é porque a respiração está muito rápida e ,portanto, você deve respirar mais devagar ainda.
As melhores posições para a gestante durante o trabalho de parto são aquelas que abrem a bacia, facilitando a descida do neném pelo canal de parto: com as pernas bem abertas, e o tronco inclinado para frente.
Enquanto a grávida se apóia em algum suporte pela frente, seu acompanhante deve fazer massagem nos seus músculos lombares, que costumam ficar tensos juntos com as contrações. Esses são os músculos que ficam na região mais baixa das costas, logo acima do bumbum, um de cada lado da coluna. A massagem deve ser feita com as duas mãos, com uma compressão firme da musculatura (não é para ficar fazendo “carinho”, fraquinho, pois assim não ajuda!), em movimentos circulares. Ela deve ser feita no terceiro trimestre, assim vocês já treinam para a hora do parto, e ainda alivia aquela dor nas costas característica do final da gravidez.
Para finalizar, é importante lembrar que a gestante também pode e deve caminhar durante o trabalho de parto. A força da gravidade também costuma ajudar muito o neném a descer. Desta forma, o que eu não recomendo para esse momento é ficar deitada: é a pior posição possível, que menos contribui para sua progressão. Imagine uma mulher deitada, com as pernas fechadas. A força da gravidade não contribui e o espaço que o neném tem para descer e nascer fica muito menor. Portanto, quando chegar à sua vez, lembre dessas dicas, assim você mesma pode contribuir para seu trabalho de parto, fazendo dele o melhor momento possível!

Quantas mulheres não recebem o resultado de seu exame preventivo e se assustam com essa palavra: inflamação!!! Acreditam que ela tem tudo a ver com aquela coceirinha chata, ou com aquele corrimento que vira e mexe volta a incomodar. Mas isso não é verdade e, portanto, resolvi escrever esse texto para tentar deixar claro o real significado desse resultado.
Antes de falar sobre o papanicolau, quero explicar o que significa o termo inflamação. No corpo humano, a resposta inflamatória, ou seja, a inflamação tem uma série de funções. A função mais conhecida dela é a de ativar, estimular o sistema imunológico (sistema de defesa do corpo contra doenças) quando o corpo é invadido por algum bicho oportunista. Por esse motivo, quando as pessoas escutam esse termo, imediatamente o associam a uma infecção. A infecção é sinônimo de um problema causado por algum bicho oportunista (bactérias, vírus, etc.). Porém, outra função importante da inflamação é atuar no processo de cicatrização do corpo. A cicatrização só ocorre quando há uma resposta inflamatória no local da lesão, e é essa resposta que resulta na produção da “nova pele” que recobrirá o local machucado.
Existem diversas causas que estimulam a inflamação na vagina. Aqui comentarei sobre duas, que são as mais freqüentes. A primeira é que, quando a mulher tem relação sexual, o atrito entre o pênis e a vagina causa micro-lesões, micro-fissuras. Para cicatrizar esses mini-machucados, há a inflamação. O outro motivo é hormonal: a progesterona, hormônio que aumenta na segunda fase do ciclo menstrual (vide o texto ciclo menstrual) deixa a mucosa da vagina mais fina, mais delicada. Isso, juntamente com outros mecanismos de regulação da flora vaginal, resulta numa inflamação local. É importante enfatizar que essa inflamação na vagina, causada por esses fatores naturais que mencionei acima, não dão sintomas irritativos. Faz parte do funcionamento natural da vagina, e por isso não necessitam de tratamento.
O papanicolau, como já expliquei no outro texto (papanicolau e corrimento) é um exame que tem como objetivo detectar alterações celulares no colo do útero que indicam a infecção ativa pelo vírus do HPV. Essa alteração, se não tratada e acompanhada adequadamente, pode evoluir para câncer. Por outro lado, se essa alteração for tratada adequadamente e a mulher fizer um seguimento anual com o papanicolau, a chance de evoluir para câncer é mínima, praticamente nula. Daí vem a enorme importância do papanicolau na manutenção da saúde e do bem estar das mulheres. Portanto, quando você receber o resultado de seu exame preventivo e estiver escrito inflamação, fique feliz, pois isso significa que sua vagina está ótima e seu exame é normal!

Como melhorar o prazer sexual?

Publicado por: Dra. Paula em: 30/07/2009
Para melhorar a vida sexual da mulher, além das orientações que dei no texto “o mapa da mina do prazer”, existem os exercícios vaginais de Kegel. Para aprender o movimento desse exercício é assim: sabe quando a mulher está urinando e faz aquela força para parar de urinar no meio, antes de terminar? Essa é a contração que deve ser feita nesse exercício, mas não deve ser durante a micção (esse exemplo é apenas para entender o exercício, mas se ficar fazendo toda vez que vai urinar, pode ter problemas posteriores). Outro jeito de saber se está fazendo o exercício corretamente é introduzir seu dedo dentro da vagina e fazer a contração: nesse momento deve-se sentir que ela faz uma pressão no dedo. Se sentir isso, quer dizer que está fazendo o exercício corretamente.
Tendo aprendido o exercício, comece a fazer as séries. Faça uma série de 20 repetições, durando 5 segundos em cada contração. No começo pode ser uma vez por dia até pegar a prática, e depois, duas vezes por dia. É importante avisar que inicialmente será difícil coordenar esse movimento, depois também será difícil manter as contrações por 5 segundos, mas depois de um tempo vai ficando cada vez mais fácil.
Durante as preliminares e no ato sexual, se você fizer esses exercícios, perceberá um aumento da sensibilidade e do prazer, assim permitindo maior satisfação no sexo. Vale sempre lembrar que a sexualidade da mulher e seu prazer não dependem apenas dos toques e estímulos, mas também do seu estado psicológico. Tudo conta: seu relacionamento com o parceiro, sua capacidade de se entregar completamente às suas sensações, a confiança e intimidade do casal, como anda sua vida pessoal (emprego, família, amigos, etc).
Portanto, esse exercício é um artifício a mais que você pode usar para melhorar sua vida sexual, mas não é a forma definitiva. Para se ter uma vida sexual prazerosa, a mulher tem que estar bem consigo mesma e com seu parceiro, além de conhecer muito bem seu próprio corpo e saber usá-lo da melhor forma possível para conseguir chegar à lua! E sempre caprichar MUITO nas preliminares antes da penetração, pois as mulheres demoram mais que os homens para ter sua excitação, e essa diferença de tempo só pode ser compensada com preliminares gostosas e caprichadas!

O Papanicolau é um exame no qual são coletadas células do colo do útero, colocadas numa lâmina e vistas posteriormente no microscópio. O objetivo desse exame é detectar alterações nessas células que são sugestivas de infecção pelo vírus do HPV (Papilomavírus humano). Essa infecção, se não for tratada adequadamente, causa o câncer de colo de útero. Por isso o Papanicolau é tão importante, pois detecta essas primeiras alterações, permitindo assim o tratamento precoce e evitando um desfecho tão grave e maléfico.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, esse exame não tem como objetivo fazer diagnóstico de corrimento, mas sim dessas lesões causadas pelo HPV. A presença de um corrimento ou de uma infecção no momento do exame prejudica sua leitura, não permitindo que o patologista (médico que avalia esse exame e dá seu laudo, seu resultado) faça uma avaliação adequada da amostra.
Quando é encontrada a presença de Cândida ou Gardnerella nessa lâmina, não há porque se preocupar. Esses bichos participam da flora vaginal (compõe naturalmente o ambiente da vagina, “vivem”, “moram” lá). Desta forma, se na hora da coleta um deles for pego junto e colocado na lâmina, não significa que seu crescimento esteja aumentado e que ele precisa ser eliminado, tratado. Só há a necessidade de tratá-los caso a paciente apresente sintomas relacionados a esses bichos. Caso contrário, não tem porque ficar usando cremes e remédios sem necessidade (exceto na gravidez).
O exame da sorologia tem por objetivo dosar dois tipos de moléculas: a IgM e a IgG. A IgM é a molécula que é formada rapidamente no corpo logo após o primeiro contato dele com um bicho (qualquer bicho). É através dessa molécula, formada perfeitamente para aquele determinado bicho, que o corpo organiza o ataque inicial para combater essa determinada infecção. Essa molécula tem como característica ter uma vida curta, assim não durando muito tempo no corpo.
A IgG é uma molécula que demora mais tempo para ser formada, e ela é responsável pelo impedimento da re-infecção por aquele determinado bicho. Ela funciona como soldados especializados no reconhecimento e combate daquele bicho específico, desta forma impedindo que ele cause uma nova infecção, caso entre em contato com o corpo num outro momento.
Existem muitas doenças cujo diagnóstico não é feito pela pesquisa do bicho em si, mas pela pesquisa da presença ou ausência das células que o corpo produz responsáveis pelo combate dessa doença. Esse exame é chamado de sorologia.
Como entender o resultado do exame?
  • IgM negativo (não reagente) e IgG positivo (reagente): imune: você já entrou em contato com esse bicho, e já criou defesa contra ele. Portanto, você não tem mais que se preocupar com esse problema.
  • IgM positivo (reagente) e IgG negativo (não reagente): infecção aguda: você está com uma infecção por esse bicho, ou seja, você está entrando em contato com ele pela primeira vez. Converse com seu obstetra sobre quais medidas devem ser tomadas.
  • IgM e IgG positivos (reagente): indeterminado: não é possível saber há quanto tempo você entrou em contato com esse bicho pela primeira vez. Pode ser há pouco tempo, ou há muito tempo. Converse com seu obstetra sobre quais medidas devem ser tomadas.
  • IgM e IgG negativos (não reagente): susceptível: você nunca entrou em contato com esse bicho. Portanto, deve se prevenir para que esse contato não ocorra pela primeira vez durante a gravidez.
A resistência de qualquer microorganismo a um determinado remédio ocorre da seguinte forma: você tem uma infecção e toma o remédio para combatê-la. Aí ela volta e você toma o mesmo remédio, ou algum outro semelhante que tenha o mesmo princípio ativo (a mesma arma feita para acabar com esse bicho). Após alguns ciclos de tratamentos (muitas vezes mais curtos do que deveriam ser!), você começa a perceber que ele é cada vez menos eficaz, e que sua infecção não está mais melhorando como antes. O que aconteceu?
Uma das principais causas de resistência a um remédio é seu uso inapropriado e sem indicação. As pessoas que se automedicam, ou mesmo as que tomam algum remédio prescrito pelo seu médico, mas de forma incorreta (esquecem de tomar o remédio na hora certa, tomam por menos dias do que foi prescrito, etc), acabam selecionando os microorganismos que são mais resistentes a essa medicação. Quando você usa um antibiótico, ele acaba com os “bichos”, porém pode sobrar algum que seja resistente a ele (não morra com ele) por uma proteção genética (é um “super-bicho”). Então, esse “super-bicho” que restou acaba se reproduzindo, formando uma população de “super-bichos”, que não serão eliminados se você continuar usando o mesmo tratamento.
Para acabar com essa população de “super-bichos”, você precisa realizar um acompanhamento com um ginecologista, e realizar o tratamento exatamente da forma que ele orientar. Fique preparada para a falha de um ou outro tratamento, pois se sua candidíase já possui certa resistência, algumas medicações poderão não ser potentes o suficiente para eliminá-la.
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Se você tem uma irritação, ardência, inchaço e vermelhidão após ter relação sexual, a primeira pergunta que te faço é: será que sua vagina está ficando com uma lubrificação escassa na hora da penetração, assim resultando num ambiente mais seco. Se for isso, provavelmente esse atrito entre o pênis e a parede vaginal está resultando em micro-lesões, que ardem e ficam sensíveis depois do ato. Para tratar disso, use um lubrificante a base de água nas suas relações, assim combatendo esse problema. E quem sabe, você também poderia pedir ao seu parceiro uma atenção mais especial nas preliminares, e ter a penetração num período de maior excitação, assim facilitando, e quem sabe até melhorando seu clímax sexual.
Se esses sintomas ocorrem apenas após você entrar em contato com a camisinha, isso pode ser uma alergia. Cerca de 1% das pessoas têm alergia aos produtos utilizados na camisinha como espermicidas e lubrificantes, e 1% têm alergia ao látex, que é o mesmo material das luvas de procedimentos médicos e odontológicos.
Para tentar descobrir a qual desses produtos você desenvolveu alergia, faça um teste: tente usar uma camisinha de látex sem lubrificante e espermicida, e verifique se apresenta os mesmos sintomas após o contato. Você pode associar um lubrificante a base de água, para caprichar na lubrificação local.
Se mesmo assim tiver esses sintomas, verifique se o uso de camisinhas a base de poliuretano (anti-alérgicas) melhoram seu quadro. Também se consulte com seu ginecologista após fazer esses testes, para que possa se aconselhar em alguns tratamentos para dessensibilizar, diminuir a alergia da camisinha.
Outra coisa que também pode estar acontecendo é que esses sintomas são de uma candidíase de repetição, e que a relação sexual esteja resultando numa reativação de seus sintomas de candidíase. Se for esse o caso, você e seu parceiro devem realizar um tratamento em conjunto para melhorar desse problema. Sempre com o acompanhamento médico.
Quando o parceiro também deve se tratar para candidíase?
  • Candidíase de repetição (que melhora com o tratamento, mas sempre acaba voltando);
  • Parceiro com sintomas: coceira, inchaço, vermelhidão, ardência ou aumento da sensibilidade local.
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A prática de exercícios físicos melhora a saúde física e mental de qualquer pessoa. Mas uma mulher sedentária, ao engravidar, não deve querer virar atleta da noite para o dia! Para aquelas que nunca fizeram exercícios, é preciso começar com calma. Fazer atividades leves e com pouco impacto, como uma caminhada (com um tênis adequado), hidroginástica, bicicleta ergométrica, ioga, entre outros.
A ioga, na gravidez, é excelente! Todos os fundamentos de respiração, meditação, alongamento e fortalecimento muscular ajudam a gestante a sentir menos dores e câimbras durante a gestação. Além disso, esses aprendizados são muito otimizados na hora do parto, ajudando-a a encarar esse momento com um melhor autocontrole da situação. A respiração e a meditação serão importantíssimas na hora das contrações, e a força e o alongamento, na hora final do parto (a hora que a mãe tem que fazer aquela força boa para o neném nascer).
Andar de bicicleta também é ótimo para a preparação do parto! Ao sentar no selim (que é o banquinho da bicicleta), ocorre automaticamente um alongamento e fortalecimento da musculatura do períneo (a musculatura lá de baixo). Assim, na hora do parto, essa vagina conseguirá ter uma força maior para ajudar no nascimento, e mais elasticidade de seus tecidos, desta forma se adaptando melhor ao parto.
Agora, se a mulher já praticava exercícios antes de ficar grávida, pode continuar a praticá-los normalmente, até o segundo trimestre, quando a barriga começa a ficar maior e alguns tipos de exercício com impacto como corrida ou esportes, acabam se tornando inadequados. Isso porque conforme a barriga cresce, o centro de gravidade (equilíbrio) da gestante se altera, e a postura dela acaba mudando. Exercícios de impacto poderiam trazer problemas para a coluna, quadril e joelhos, sendo aconselhado nesse momento exercícios sem impactos (como os descritos acima).
As vantagens dos exercícios, fora as que já foram comentadas, são: melhorar o inchaço na pernas, evitar que a gestante ganhe muito peso na gravidez, prevenir de doenças como pré-eclâmpsia (pressão alta no final da gravidez), diabetes e problemas respiratórios, melhora sintomas de depressão e ansiedade, a qualidade do sono, etc. Eu podia ficar listando eternamente essas vantagens, mas nada como a própria pessoa experimentar fazer exercícios frequentemente, para sentir na pele como realmente a vida melhora com eles!
As irritações vaginais, seja em forma de corrimento, cheiro ruim, coceira ou inchaço, quando se tornam recorrentes (vão e voltam), significam que o tratamento não está adequado. Não porque o remédio não é indicado para tal patologia (doença, alteração), mas sim porque a origem de tudo isso, o real fator causal desse problema, não está sendo combatido. O corpo da mulher é uma máquina extremamente delicada, onde pequenas alterações podem iniciar um efeito como uma bola de neve. Desta forma, quanto mais tempo demoramos para acertar essa alteração, maior será o problema e mais difícil será de resolvê-lo.
A maior parte das irritações vaginais é causada por bichos que participam da flora vaginal (Cândida e Gardnerella), porém acabaram se reproduzindo demais e resultaram nessa irritação. Isso significa que alguma “coisa” que deveria estar regulando crescimento desses bichos falhou nessa tarefa, o que resultou na irritação. Mas que “coisa” é essa? Se não for por nenhum dos fatores que citei no meu texto anterior (sobre candidíase e flora vaginal), então é porque seu sistema imunológico (de defesa do corpo) está falho, cansado.
O sistema imunológico é o resultado direto do funcionamento do corpo. Se o corpo está em harmonia, saudável, ele funciona muito bem. Porém, se o corpo está sobrecarregado, com pouca energia, o sistema imunológico começa a falhar. Desta forma, ele é o termômetro da saúde e do equilíbrio do corpo.
E nisso não tem como o médico atuar, senão dando aqueles mesmos conselhos de sempre: evite o stress, durma direito, se alimente adequadamente, tenha momentos de laser, faça exercícios físicos, tenha um peso adequado, seja feliz… Por isso é importante toda paciente ter a consciência de que “ela” (a paciente, a mulher) que é responsável pelo sucesso de seu tratamento. O médico entra como um coadjuvante, mostrando possíveis caminhos que a mulher pode percorrer para que tenha uma vida mais saudável.
Resumindo tudo isso que acabei de dizer: se você é uma dessas mulheres que vira e mexe aparece com novo desconforto vaginal, pare um pouco para fazer uma auto-reflexão. Como anda sua vida, o que você tem feito que possa estar alterando seu sistema imunológico: é o final do prazo do trabalho? A ausência de exercícios físicos? Seu relacionamento que não está muito bom? São as poucas horas de sono? Esses quilos a mais, ou a menos? O que pode ser? Quando você encontrar essa resposta e tiver uma atitude pró-ativa para reverter esse quadro, que você conseguirá se livrar desses desconfortos vaginais tão freqüentes. Até lá, você provavelmente vai continuar usando um remédio ou outro, mas essa irritação sempre voltará para te importunar, e para avisar que você não está bem, não apenas sua vagina.
Obs.: uma outra causa muito comum de queda da imunidade é a diabetes. Se você tem parentes com diabetes, realize um teste para investigar essa doença, que também muitas vezes tem como primeiro sintoma os corrimentos recorrentes. PROCURE   SEMPRE A AJUDA DE SEU MÉDICO DE CONFIANÇA  POIS IRA INTERAGIR  COM VOCÊ  MAS TAMBEM  SEMPRE PROCURE  UMA SEGUNDA OPINIÃO .